quarta-feira, 12 de maio de 2004

Ainda o Vitória S. C....

Perante a notícia da demissão do Sr. Pimenta Machado, apenas duas observações.

Uma é a constatação final daquilo que era evidente há bastante tempo para muita gente: chegou ao fim um ciclo na vida do clube. Teve altos e baixos, trouxe muita coisa boa (é preciso não esquecer), mas continha demasiadas perversidades há muito tempo. É bom que, finalmente o principal responsável desta gestão se tenha apercebido que o seu tempo acabou, que as suas ideias e o seu projecto estão esgotados, que o seu estilo está ultrapassado, e tenha saído com este mínimo de dignidade, antes que fosse destituído do cargo, como estou seguro iria ser, na próxima Sexta-feira. É tempo de novos corpos dirigentes no desporto nacional em geral e no Vitória em especial. Novas mentalidades que caminhem a passos largos e seguros para a profissionalização das gestões e transparência dos processos, com mentalidade empresarial, pontuada da humanidade essencial a quem lida com trabalhadores desta classe tão especial.
O Vitória é muito maior que as pessoas e é, no panorama nacional, a única equipa que tem a possibilidade de se tornar um grande. Tem as infraestruturas, a massa associativa, pode ter os apoios necessários. É o principal clube de uma das maiores cidades e concelhos do país, não de uma avenida ou bairro... Apenas lhe falta agora mudar de estilo, apostar a sério nos recursos humanos.
Seja como for, venha o que vier, boa sorte, Vitória!

A outra nota vai direitinha para a Assembleia Geral e para os Sócios.
É necessário que as eleições sejam marcadas para a data mais breve possível. Está aí à porta uma nova época (também neste particular o timmming de Pimenta Machado esteve longe de ser óptimo) que há que preparar com cuidado. O Vitória (que somos todos nós) não suporta mais sustos e desgostos destes.
Às candidaturas que possam surgir (e vão surgir) no nosso seio, apenas lhes quero dizer que não venham se não for neste espírito de mudança, de profissionalismo. Não venham pagar dívidas de gratidão ou outras, nem movidas por afectos que não sejam devotados apenas ao próprio Clube.
Vamos levar o Vitória ao lugar que lhe deve pertencer (e notem que não disse devolver, porque do meu ponto de vista, ainda não esteve lá e escrevi "deve pertencer", pois o direito a ocupar uma determinada posição conquista-se à força de vencer competições e a verdade é que o Vitória está longe de ter uma sala recheada de troféus nacionais).
Força! Vamos em frente que, da história pouco mais se deve aproveitar do que as lições dos erros cometidos.

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