segunda-feira, 3 de maio de 2004

Dia 1

Tem hoje inicio esta aventura do blogue "Levantar Guimarães".
E a data não é simbólica. É uma opção começar no inicio de um mês. Porque é um inicio.

De que tratará este blogue?

De tudo aquilo que os seus autores quiserem. Como linha comum, Guimarães. E o seu novo acordar, lento e pachorrento neste inicio de novo milénio, por uma nova geração que não se conforma com aquilo que tem. Que quer mais e melhor para a sua terra. De berço ou de adopção.

Cabe-me a mim dar o pontapé de arranque. E vou aproveitar para tentar explicar de forma sintética as "regras" de funcionamento do blogue, que são as seguintes:
1. Este é um blogue de opinião de jovens que ainda são da JSD ou que pertenceram até há pouco tempo a esta estrutura.
2. O blogue é moderado por Nuno da Silva Leal e Alexandre Barros Cunha.
3. As opiniões de cada editor são da sua exclusiva responsabilidade e não vinculam nem os moderadores, nem a estrutura partidária.
4. Cada editor terá um dia para colocar a sua opinião, em calendário a estabelecer, que deverá constar de título e texto: “Tema do Artigo” e texto.
5. Cada editor poderá responder noutro dia a alguma critica/pergunta que lhe seja feita ou esclarecer algum ponto de vista num novo artigo fora do seu dia de edição, dando o mesmo nome ao artigo e colocando um número ordinal à sua frente: “Tema do Artigo 2” e assim sucessivamente.
6. No final do texto o editor deverá colocar o seu nome, para que o texto seja claramente identificado.
7. Os moderadores poderão estabelecer um tema mensal para as intervenções a realizar, mas não será obrigatório que os editores sigam essa temática, pois será apenas auxiliar e indicativa.

Assim, cumprindo a minha função, julgo que um bom tema para este mês poderá ser o "EMPREGO".

Porque Maio se inicia com o Dia do Trabalhador. Porque o PSD de Guimarães lançou o tema como mote de campanha. Porque é um assunto que domina largamente as preocupações dos vimaranenses, quando quase 11 mil dos habitantes estão registados no Centro de Emprego, num universo laboral de cerca de 100 mil pessoas.

Num momento em que a UE se alargou a leste, recebendo de uma assentada 10 novos países que ficavam para lá da "Cortina de Ferro" e em que o mercado textil vai assistir à liberalização mundial a partir de 2005, urge reflectir e encontrar soluções para dar a melhor resposta possivel a estes desafios.
Porque é desta forma que devemos encarar estas situações: desafios que devemos vencer e ultrapassar! Sou de uma geração que tem uma nova mentalidade perante os problemas: não berra em socorro do Estado-Pai nem se esconde debaixo das saias do Governo-Mãe. Antes enfrenta a situação de frente e tenta criar condições locais para ultrapassar o problema global: usa da máxima "Act Local, Thnik Global".
Um bom contributo é dado por duas noticias que hoje surgiram, uma no JN e outra no Público.
No JN, um estudo diz que uma solução passa por fazermos cá o que os incvestidores estrangeiros têm feito: deslocalizar. Ou seja, se a industria textil, predominante no norte (e aqui em Guimarães...) tem problemas de custos em produzir cá, deverá deslocalizar a produção para outros países como Marrocos, por exemplo.
Por outro lado, segundo o Caderno de Economia do Público hoje, a forte aposta na formação profissional e académica dos jovens é fundamental para subir o nível de vida e o nivel de produtividade do país, bem como o PIB e diminuir o défice.
Se a estas possiveis soluções juntarmos uma forte aposta no Pólo de Guimarães da Universidade do Minho e nas novas tecnologias (do qual o principal paradigma é o Departamento de Engenharia dos Polimeros) teremos novas oportunidades de investimento e poderemos vir a criar na zona do Vale do Ave uma zona industrial de tecnologia de ponta.
A conjugação destes factores, o encarar dos dois "problemas" acima como desafios a serem vencidos e a aposta em novas industriasde ponta e de futuro abrem um novo campo de crescimento que poderá levar a resolver o problema que o "desemprego" hoje é e poderá criar um mini-cluster de desenvolvimento económico no norte de Portugal.

Nuno Silva Leal

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